Carta aberta ao Ministro da Educação Fernando Haddad
Exmo.
Sr.
Ministro
da Educação
Dr.
Fernando Haddad
Os Professores demitidos pelo conglomerado Anhanguera
Educacional Participações S/A em todo país alertam o sr. para a truculência
dedicada aos mestres e doutores com a demissão em massa e o aviltamento de
salários como práticas recorrentes da referida instituição.
Professores qualificam-se com titulação de
mestres e doutores e são penalizados exatamente porque estudam.
Esse é o exemplo que o Brasil dará aos
estudantes?
Que o empenho nos estudos é para ser
descartado e apenas aqueles que não procuram aprofundar-se em sua carreira
profissional serão premiados?
Será que faremos a exaltação do demérito e não
do mérito?
Os empresários do ensino universitário privado
imaginam que vivemos no Brasil colonial, em que as elites transitavam impunemente
com seus desmandos pelos palácios e eram recebidas em audiência pelo governante
de plantão com bajulação ilimitada.
Todavia, o Brasil republicano exige do sr.
providências no sentido de impedir a concentração em cartéis e monopólios da
educação, pois a educação é direito da cidadania e jamais pode ser transformada
em mercadoria, como fazem os barões do ensino.
Exortamos ações efetivas do MEC no sentido de enquadrar
o patronato do ensino na legislação, bem como adverti-los sobre suas
responsabilidades sociais.
A ganância pode até ser interessante para os
negócios.
Mas seu caráter predatório é péssimo para nosso
país.
Por exemplo, o ensino a distância
transformou-se em fonte bilionária para os donos de escolas, quando deveria ter
caráter complementar e, principalmente, ser levado a regiões remotas do país.
Nos centros urbanos, a adoção desse recurso
tecnológico tem servido apenas para a demissão em massa de professores e para a
conversão das horas/aula presenciais em ensino longínquo, verdadeiro engodo
para incautos.
As empresas do ramo zombam da população com
suas propagandas enganosas sobre a necessidade imprescindível de incrementar a
formação a partir dessa modalidade.
Cursos de formação de professores, de
profissionais na área de prestação de serviços, de construção e saúde,
tecnológica etc. — fundamentais para nossa sociedade — não podem ser objeto de
precariedades resultantes da falta de interação professor-aluno. Afinal, o
pedagogo precisa saber ensinar, o médico diagnosticar e curar, entre outras
competências e habilidades obrigatórias fornecidas pelo ensino presencial de qualidade.
Ademais, é estranho que o MEC continue a subsidiar
com recursos públicos verdadeiras arapucas, mormente aquelas que são reiteradamente
reprovadas pelos próprios instrumentos de fiscalização desse Ministério de
Educação e Cultura.
A UniABC-Anhanguera chega ao desplante
de elaborar a seguinte confissão em seus folhetos publicitários:
Na expectativa do cumprimento de suas
atribuições como Ministro de um governo que luta pela inclusão, aguardamos
ativamente por suas deliberações a respeito do demandado pela sociedade e dos
anseios dos educadores, que merecem ser respeitados e jamais podem ser
espezinhados, sob quaisquer pretextos.
Coletivo dos Professores demitidos
Cidadania ativa: mobilização constante garante direitos!
1) Escreva para o MEC
Endereço do MEC
Denúncias e representações relativas
à educação superior devem ser encaminhadas por escrito para o Ministério da
Educação - Secretaria de Educação Superior - Coordenação Geral de Supervisão da
Educação Superior - Esplanada dos Ministérios - Edifício Sede - Sala 300 - Cep:
70047-900 - Brasília – DF, ou pelo Fale Conosco, item "Demais assuntos da
Educação Superior".
Palavras-chave: Endereço,
Supervisão
2) Telefone do MEC
Caso deseje
atendimento por telefone, o número da nossa Central de Atendimento é 0800 616161.
3) Fale com o MEC
Fale com o MEC – Educação Superior
Anhanguera
é problema em todo país
SINPRO-SP protesta contra demissões em massa de
professores da UNIBAN
Anhanguera Guarulhos realiza demissão em massa
Mestres são dispensados pela Anhanguera após avaliações
de cursos pelo MEC http://www.sinpro-rs.org.br/noticias.asp?id_noticia=981&key_noticia=8DTC4281BwJADR2KO29d
Faculdades Anhanguera demite 680 professores na
grande São Paulo
Anhanguera demite 680 professores
MEC diz que rede Anhanguera faz propaganda enganosa
e dá prazo de 30 dias para reformular sites e publicidade
http://www.sinpro-rs.org.br/noticias.asp?id_noticia=750&key_noticia=4Lf195E620SHK06UZ1G8
Justiça concede liminar e anula demissões em massa da Azaleia
Justiça concede liminar e anula demissões em massa da Azaleia
Liminar anula as demissões da Azaleia na Bahia
http://www.dci.com.br/Liminar-anula-as-demissoes-da-Azaleia-na-Bahia-3-403120.html