terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Carta aberta ao Ministro da Educação Aloizio Mercadante




Carta aberta ao Ministro da Educação Aloizio Mercadante


Exmo. Sr.
Ministro da Educação
Aloizio Mercadante

Os Professores demitidos pelo conglomerado Anhanguera Educacional Participações S/A em todo país alertam o sr. para a truculência dedicada aos mestres e doutores com a demissão em massa e o aviltamento de salários como práticas recorrentes da referida instituição.

Professores qualificam-se com titulação de mestres e doutores e são penalizados exatamente porque estudam.

Esse é o exemplo que o Brasil dará aos estudantes?

Que o empenho nos estudos é para ser descartado e apenas aqueles que não procuram aprofundar-se em sua carreira profissional serão premiados?

Será que faremos a exaltação do demérito e não do mérito?

Os empresários do ensino universitário privado imaginam que vivemos no Brasil colonial, em que as elites transitavam impunemente com seus desmandos pelos palácios e eram recebidas em audiência pelo governante de plantão com bajulação ilimitada.

Todavia, o Brasil republicano exige do sr. providências no sentido de impedir a concentração em cartéis e monopólios da educação, pois a educação é direito da cidadania e jamais pode ser transformada em mercadoria, como fazem os barões do ensino.

Exortamos ações efetivas do MEC no sentido de enquadrar o patronato do ensino na legislação, bem como adverti-los sobre suas responsabilidades sociais.

A ganância pode até ser interessante para os negócios.

Mas seu caráter predatório é péssimo para nosso país.

Por exemplo, o ensino a distância transformou-se em fonte bilionária para os donos de escolas, quando deveria ter caráter complementar e, principalmente, ser levado a regiões remotas do país.

Nos centros urbanos, a adoção desse recurso tecnológico tem servido apenas para a demissão em massa de professores e para a conversão das horas/aula presenciais em ensino longínquo, verdadeiro engodo para incautos.

As empresas do ramo zombam da população com suas propagandas enganosas sobre a necessidade imprescindível de incrementar a formação a partir dessa modalidade.

Cursos de formação de professores, de profissionais na área de prestação de serviços, de construção e saúde, tecnológica etc. — fundamentais para nossa sociedade — não podem ser objeto de precariedades resultantes da falta de interação professor-aluno. Afinal, o pedagogo precisa saber ensinar, o médico diagnosticar e curar, entre outras competências e habilidades obrigatórias fornecidas pelo ensino presencial de qualidade.

Ademais, é estranho que o MEC continue a subsidiar com recursos públicos verdadeiras arapucas, mormente aquelas que são reiteradamente reprovadas pelos próprios instrumentos de fiscalização desse Ministério de Educação e Cultura.

UniABC-Anhanguera chega ao desplante de elaborar a seguinte confissão em seus folhetos publicitários:





Na expectativa do cumprimento de suas atribuições como Ministro de um governo que luta pela inclusão, aguardamos ativamente por suas deliberações a respeito do demandado pela sociedade e dos anseios dos educadores, que merecem ser respeitados e jamais podem ser espezinhados, sob quaisquer pretextos.

Coletivo dos Professores demitidos






Abaixo-assinado:
Carta aberta ao
Ministro da Educação Aloizio Mercadante




Cidadania ativa: mobilização constante garante direitos!

1) Escreva para o MEC



Endereço do MEC
Denúncias e representações relativas à educação superior devem ser encaminhadas por escrito para o Ministério da Educação - Secretaria de Educação Superior - Coordenação Geral de Supervisão da Educação Superior - Esplanada dos Ministérios - Edifício Sede - Sala 300 - Cep: 70047-900 - Brasília – DF, ou pelo Fale Conosco, item "Demais assuntos da Educação Superior".

Palavras-chave: Endereço, Supervisão




2) Telefone do MEC


Caso deseje atendimento por telefone, o número da nossa Central de Atendimento é 0800 616161.





3) Fale com o MEC


Fale com o MEC – Educação Superior



Anhanguera é problema em todo país




Anhanguera está na mira do governo



SINPRO-SP protesta contra demissões em massa de professores da UNIBAN

Anhanguera Guarulhos realiza demissão em massa

Mestres são dispensados pela Anhanguera após avaliações de cursos pelo MEC http://www.sinpro-rs.org.br/noticias.asp?id_noticia=981&key_noticia=8DTC4281BwJADR2KO29d

Faculdades Anhanguera demite 680 professores na grande São Paulo

Anhanguera demite 680 professores

MEC diz que rede Anhanguera faz propaganda enganosa e dá prazo de 30 dias para reformular sites e publicidade
http://www.sinpro-rs.org.br/noticias.asp?id_noticia=750&key_noticia=4Lf195E620SHK06UZ1G8


Justiça concede liminar e anula demissões em massa da Azaleia


Liminar anula as demissões da Azaleia na Bahia
http://www.dci.com.br/Liminar-anula-as-demissoes-da-Azaleia-na-Bahia-3-403120.html